sábado, 21 de dezembro de 2013

Sobre a maldade e seus domínios

                                    
            Não sei se é o mundo que anda desconsertado - ou desconcertado? - ou se sou eu que ando constantemente desencontrado. De uma forma ou de outra, o fato é que encontro nas pessoas, nestas pessoas que habitam este mundo mesmo e não qualquer outro, maldades muitas e eu já não posso mais. Não pode haver prazer na dor do outro, nem sorriso onde se faz alguém chorar. É uma premissa básica, bilhete de geladeira decorado, é o Bê-a-bá da ponta da língua da vida, que não é outra coisa senão uma série de encontros muitas vezes mau sucedidos. E mesmo consciente da pieguice de falar de bondade e consideração, enquanto o mundo está na vitrine reluzente das redes sociais, prefiro correr o risco de pecar por esse romantismo que aqui se ostenta e se depreda. Mudar as pessoas nunca foi minha intenção, mas gostaria de que soubessem o que penso sobre elas, sobre a maldade e seus domínios.  Não é verdade que todos colhem o que plantam. Também não é verdade que aqui pagamos pelo que fazemos. Isso é só conforto, para que a vida pareça apresentar certo tipo de congruência e lógica. Fazemos o que fazemos - essa é a única lógica. Alguns deixam neste mundo sua trajetória, outros saem dele sem serem percebidos.

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